domingo, 11 de setembro de 2011

Embriaguez dos sentidos.

                                                                     8 de Janeiro 2009


Lembrei-me das tuas mãos quentes, delicadas e atentas, inclinadas sobre as minhas mãos. Do toque da tua  pele. Aquele toque tão agradável e demorado sobre mim.
Sempre que me tocas é como se todos os meus sentidos ficassem embriagados. E lá estou eu envolvida numa espécie de volúpia e luxúria. E lá estou eu com o ritmo cardíaco em aceleração constante.

Voltei a lembrar-me, desta vez das minhas mãos em estado de desejo absoluto em busca do contacto com a tua pele. A exuberância ansiosa e impaciente que sustentam todos os nossos momentos. A urgência excessiva de nos sentirmos, sem pensarmos em absolutamente mais nada. O teu corpo de encontro ao meu, destilado, consumido, arrebatado, a querer-me toda, tudo de mim…consumir-me toda.

Não me lembrei só hoje. Mas hoje foi diferente. Este silêncio tão único imobilizou-me, mas não me assombrou, muito pelo contrário…na verdade fez-me bem fechar os olhos e voltar a sentir os sentidos como que embriagados.  

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