terça-feira, 20 de setembro de 2011

GOSTO DE TI COMO QUEM GOSTA DE TODOS OS DIAS DA SEMANA...

                                                             1 de Agosto 2009



Não tenho palavras. E eu que nem gosto de poupar palavras. Nunca gostei. Hoje estou tão cheia de sensações. Talvez o formigueiro, talvez aquela sensação de sentir-te por perto. Aquela tão vertiginosa, mas tão convidativa. Tu…observas-me. E eu não te vejo. Aliás, vejo-te na minha mente já lá vão horas, dias…talvez meses. Mas fisicamente, hoje ainda não te vejo. Enquanto tu me observas envias um número exagerado de sms`s. Tu. Outra vez tu! Só podias ser tu. Também não queria que fosse mais ninguém.
Estivesses como estivesses. Tu hoje querias estar. Tu prometes-te surpresa. E ali estava ela. A surpresa eras tu. E eu fui a menina feliz, aquela a quem lhe foi dado o chupa maior. Aquele com mais cor. Tem cor-de-rosa e tudo. A minha cor preferida.
As minhas entranhas, os meus lábios, tudo o que me rodeava resumiu-se ao sabor da tua essência. A tua. Aquela que só eu vejo.
Eu gosto de ti sabias? Gosto mesmo!
Tu és…És tanto….és a minha paixão tão assolapada quanto impossível!
És diferente. És o imprevisto mais meigo que conheci. És…tal e qual o puto mimado. O tal que me desnudaria, o tal que me arrebataria o coração e me levaria para longe!
Onde fica esse longe meu amor? Fica onde fomos hoje e não queríamos voltar? Fica onde ainda vamos? Porque nós voltamos sempre. Sempre!
Já reparaste que a cada “até breve” fica sempre a sensação de que ainda não fomos longe demais. E nós já fomos tão longe! Longe? É o nosso sítio preferido. E o nosso longe é tão perto. É tão intrigante. Tão meu e teu. Fica sempre um odor que nós sabemos que vai voltar. Aquele que nos persegue.
Ainda ontem eu dizia:” Um dia tu vens e ficas…” !
Mas será que alguma vez saíste? De mim? NUNCA. Tão nunca que ainda te sinto em mim. Agora. Permanentemente. O cheiro, o toque, o teu olhar, a tua diferença.
Saberás lá tu o que é marcar a diferença. Saberás lá tu que a tua diferença vive em mim. Saberás lá tu que tenho sonhos diabólicos contigo. Sonhos a dormir! Daqueles em que acordo húmida, molhada, a suar, assustada, extasiada. Por vezes até algo confusa, desordenada, baralhada entre o sonho e a realidade. Nos meus sonhos apareces tal e qual como és. Afinal é assim que eu gosto de ti.
Os meus sonhos. Saberás lá tu dos sonhos acordada, dos sonhos que me “assombram” esta cabecinha inteligente. Inteligência? Aprendi agora que essa inteligência não supera certos órgãos. Muito menos o vital.
Saberás tu dos sonhos. Das utopias? Saberá alguém a cor dos olhares, do nosso segredo?
Saberás tu o quanto vale para mim? E para ti quanto vale? Às tantas tu sabes, e finges que não sabes. Ou então sabes, mas não contas a ninguém. Saberás? Será meu amor?
“Meu amor”? Não queres ouvir falar de amor, e eu muito menos quero apelidar-te de tal. Porque o amor às vezes tem umas armadilhas estranhas. Eu também sei. Já estive nessa teia. Mas já que são estranhas, parece que estou no caminho certo. A minha queda é para quem se distingue, quem me surpreende, para quem me faz estranhar e depois se entranha a uma velocidade estonteante. Chega a ser perturbante, mas isso pouco importa. Eu gosto de ti. Gosto mesmo. Tanto que chega a ter piada. Às vezes dói. Mas na maior parte das vezes tem piada. Gosto de ti. É um facto. Também sei que isso pouco ou nada me valerá. Ou não!
E se reparar que o êxtase que sinto supera todo o meu turbilhão de emoções? Valerá de muito? Ou não me valerá de nada?
Tu sabes que sou uma “menina” de emoções. E também sabes que o teu nome há muito que passou a fazer parte da lista delas. Da lista mais gritante… aliás. Como se fosse preciso dizer.
Gosto de ti. Gosto mesmo de ti. Gosto de ti enquanto escrevo. Gosto de ti deitada na cama onde me possuíste há pouco!
Escrevo ao som da música que “pediste”. Seria ao acaso esse pedido? A “minha” música, a inesquecível e memorável “the knights of jaguar”. Se a musica já é um orgasmo instantâneo, contigo em mim são orgasmos múltiplos. Nem precisam de ser literais. Basta o paladar, o fruto proibido, o tal que me apetece permanentemente, mas que me assusta de cada vez que o saboreio.
Gosto de ti. E não gosto de ti, como quem gosta de sábado. Gosto como quem gosta de todos os dias da semana. De segunda a segunda.
Estou provavelmente embriagada. Mas nunca tão embriagada como quando estou embriagada de ti.
Agora vou ler o que escrevi, e decidir se vou publicar.
Parece-me exageradamente arrebatador, mesmo sem ler. Mas o mais certo é publicar. E o mais certo também é tu voltares e ficares cada vez mais.
Li e reli. Entretanto envias mais uma SMS.
Um dia tu voltas. E um dia talvez te diga ao ouvido aquilo que tu já sabes.
Li e reli. Claro que vou publicar!
É teu, só teu e só tu sabes.
O telefone toca. Ainda agora saíste, e o telefone já toca com o teu nome no visor.
Até breve…
Até ao dia que voltares e ficares.
Um beijo, um olhar, um orgasmo.
E não te esqueças…
GOSTO DE TI COMO QUEM GOSTA DE TODOS OS DIAS DA SEMANA.

A espera...

                                                         11 de Julho de 2009



Achamos que não esperamos nada e quando damos conta estamos sempre à espera de alguma coisa. Depois somos confrontados com uma indiferença que não esperávamos. Já não perco o meu tempo a tentar entender os enigmas, as coisas ocultas, as ligações secretas. São perguntas sem resposta. Ou talvez nem seja nada disto. Quem sabe as respostas são bem mais simples do que as perguntas, porém difíceis de acreditar. A seu tempo teremos consciência do que tudo isto significa. Vamos conhecer os fins, os objectivos e os propósitos. Já me ocorreu que fosse o destino a dar o ar da sua graça e pregar-me mais uma das suas partidas.
Já sei , já sei que vais dizer-me que agora estou a culpar o destino de caminhos onde fui parar pelo meu próprio pé e sem qualquer mão do destino. E provavelmente tens a tua razão… e eu…eu estou só à espera de encontrar a minha. Afinal estamos sempre à espera de alguma coisa. Alguma coisa que às vezes se traduz em alguém. Alguém que provavelmente és tu...

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quanto tempo ?




Quanto tempo vais demorar a chegar?
Ou ...se não tencionas sequer chegar...quando tempo vais demorar a sair de mim?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Misterioso e indecifravél.

                                                 1 de Julho 2009


 
Uma estranha ofuscação dos sentidos. O arrepio instantâneo e abrupto. 
Na minha cabeça ecoam determinadas vozes. Conversas entoadas. Conversas em tom de segredo. Sorrisos naturais. Vidas cruzadas. Olhares penetrantes. Uma dança envolvente. Júbilos contagiantes. Vidas partilhadas. Escárnios de bem dizer. Beijos. Aqueles beijos. E um rosto com traços de menino a ser mimado pelas minhas mãos. Novamente vozes. Não sei ao certo o que elas me dizem. Sei que me murmuram palavras múltiplas, e me sabem aqui a escuta-las. Sim, porque não é pelo facto de ter optado fechar os olhos a este sentir, que deixei de querer ouvir o que tens para me dizer. Ouço em silêncio.
O mesmo silêncio da ausência e das diferenças sombrias. Ausências forçadas ou não. Diferenças relevantes ou não.
Fico aqui, dada ao silêncio comum dos pensamentos confusos. Quero estar sozinha. Agora e sempre que assim o desejar. Talvez uma certa solidão possa dar-me respostas. O que eu não quero é ficar à espera. Tu sabes , que eu nem sequer sei esperar.
Deixa-me dizer-te também, que não espero algo concreto deste meu sentir, porque se assim fosse, o mesmo já teria avançado para um estado chamado desespero emocional. E isso, muito obrigada, mas eu não quero. Prefiro a vibração, o calafrio, a excitação, do que voltar a ter medo dos meus sentimentos. Talvez o tempo me mostre na devida altura o seu significado. Talvez o tempo me ajude a encontrar a definição para este meu sentir.
Por enquanto mantém-se assim… misterioso e indecifrável. É assim que eu o quero e por hoje é assim que vai ficar…
de olhos fechados e em silêncio. Misterioso e indecifrável.

De que é feito este meu sentir ?

                                                        

                                                         30 de Junho de 2009



São tantos os momentos na nossa vida em que optamos por fechar os olhos e deixar de ver. Tal como eu agora. Prefiro ser a M. de olhos fechados. Fecho os olhos e tento não pensar. Nem sequer lembrar-me que tenho consciência, e que dentro dela tenho ainda uma outra consciência de um sentimento que me arrebata. Por isso fecho os olhos, e não me lembro que tenho consciência. Mas sabes ? Até na inconsciência conseguimos ver certas expressões.
Sim, falo do que sinto, porque sei que mesmo inconscientemente me sinto cativada e presa à tua imagem que está frequentemente projectada sobre mim.  
Como me sinto? Ou talvez devas perguntar, o que sinto.
É uma espécie de eclipse dos sentidos. Aquele calafrio súbito. Aquela vibração emocional. O tremor.  Aquele estremecimento provocado talvez pelo medo… 
Descrevo o que sinto. Sem pensar ou calcular reacções.  Quero apenas que ouças, e percebas de que é feito este meu sentir.


domingo, 11 de setembro de 2011

E quando algo se entranha em nós ?

                                                            15 de Junho 2009



Às vezes sinto que posso parecer um pouco esquisita. Tu detectas-me alguma loucura. Não sei se sabes que parte dessa loucura és tu quem ma desperta. Sei que podes achar que grande parte dos meus interesses não são propriamente os da maioria das pessoas de hoje em dia. Na perspectiva dos outros, de quem vê, de quem se apercebe, posso parecer um pouco delinquente, embora a palavra possa ser perigosa ou arriscada. Ambos sabemos o perigo que representamos um para o outro. O perigo, a tentação, o risco. Talvez eu esteja a cometer um crime moral…talvez me apontem o dedo, mas talvez o crime maior não seja meu. Este enredo não é novo. Mas interessa-me. Eu gosto disto.
Desta agitação. Deste frenesi que me invade. Do alvoroço no olhar e na voz. Das coisas fora do lugar. Do teu corpo no meu em lugares diferentes. De ti adormecido meu colo. De mim a dormir em ti. Das reacções previstas e das imprevistas. Do barulho das ondas. 
Da areia fina a sentir o nosso desejo.  Do nascer do sol observado por nós , e ele a testemunhar as nossas conversas. Da sensação de liberdade que é abraçar-te. De sentir o teu braço a pousar-me em cima do ombro espontaneamente. Dos teus olhos. Os teus olhos… Por vezes peço que não me olhes assim, porque vejo neles tanto de mim…e porque tenho medo que vejas nos meus tanto de ti. Para quem observa de fora, para quem vê do lado de fora da nossa pele, talvez seja inexplicável e estranho. Talvez se estivéssemos desse mesmo lado também fosse incompreensível. Mas nós estamos do lado de dentro, é na nossa própria pele que as coisas acontecem. E em vez de estranharmos, parece que nos entranhamos um no outro…
 

E vestes-me destes sorrisos.

                                                               1 de Maio 2009

    
Falas-me de todas as formas e sentidos. Físicas e Químicas. E vestes-me destes sorrisos...